Híbridos
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Generalidades |
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Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Fringilidios
Género: Carduelis
Espécie: Carduelis Chloris
Comprimento: 14 cm
Peso: 25 a 35 gs |
Denominações |
Português: Verdelhão
Espanhol: Verderón
Inglês: Greenfinch
Francês: Verdier
Alemão: Grunling |
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Mutações |
Ágata, Isabel, Isabel Satiné,
Castanho, Pastel, Lutino. |
Verdelhão comum (Carduelis Chioris), é um
fringilidio de contextura similar ao pardal comum, ave de constituição
pesada, corpo compacto, cabeça grande e bico grosso de cor osso. Visto à
distancia parece somente verde. Visto ao perto, sem duvida poderemos
apreciar as suas cores bastante destacadas. O macho adulto apresenta uma
cor verde amarelado atractivo por baixo e um verde oliva por cima (a
coloração é mais brilhante de verão). A fêmea possui cores
ligeiramente mais apagadas, um verde mais acizentado, enquanto que os
jovens apresentam um verde acizentado, pardo e raiado. Todas as plumagens
se caracterizam pelo amarelo vivo nas rectrizes externas e nas orlas das
primarias. A cauda tem a forma de um “Y” invertido de cor acizentado
negro.
De
temperamento sociável frequenta os jardins, parques e campos cultivados
onde procura o alimento que se baseia em sementes, cereais, gramínias e não
muito raro de insectos.
A
sua alimentação em cativeiro, passa por uma mistura idêntica à
utilizada para os canários, enriquecida com aveia, girassol e sementes
silvestres. Na sua dieta seguem-se os mesmos padrões utilizados nos canários
(frutas, verduras, minerais, papas etc.).
No
estado selvagem, devido à abundância de alimentos e à sua condição de
ave prolifera, pode realizar três ninhadas por ano.
Os
machos realizam uma série de rituais para atrair a fêmea, levantando as
asas e a cabeça, despegando a cauda em forma de abanador, ao mesmo tempo
que soltam uma série de notas não muito melodiosas, com um ruído nasal,
rematando este no final com um forte assobio.
O
verdelhão começa a nidificar em Março/Abril, fazendo os seus ninhos em
sebes, arbustos, silvados e arvores bastante densas. Arvores e arbustos de
jardins públicos são lugares onde podemos encontrar os seus ninhos com
abundância. O Seu ninho é construído com raízes, plantas e outros
materiais do género; forrados com musgos, pêlos animais e penas. Durante
a época de criação podem construir vários ninhos, tanto em arvores de
folha perene (os primeiros), como de folha caduca (os últimos). Os ovos são
de cor branco rosado salpicados de escuro, de medidas 20x14 mm subelípticos.
A postura de 4 a 5 ovos em média, será incubada pela fêmea durante 12 a
14 dias.
As
crias nascem cobertas por uma fina penugem que mais tarde cairá para dar
lugar à definitiva. Vão permanecer no ninho durante um período de 16 a
20 dias, sendo alimentados pelos pais, até três semanas depois da saída
do ninho. Seguirão unidos familiarmente durante todo o verão até aos
primeiros dias de Setembro, formando grupos nómadas.
Não
podemos dizer que os verdelhões nascidos no nosso país, realizam
verdadeiras migrações, mas sim curtas deslocações dentro da península,
embora no Inverno possam procurar lugares de menor altitude e latitude.
Felizmente
no nosso país esta ave prolífera em quantidades satisfatórias, pois tem
abundância de alimentos e zonas óptimas de nidificação. Também porque
não sendo uma ave tão apetecível e de valor alto para os
“caçadores”, ou vulgo passarinheiros, como é o pintassilgo. Pois
seria urna ave a correr sérios riscos devido à facilidade em as
capturar.
Criação
em cativeiro; sendo urna ave bastante sociável e de fácil adaptação à
gaiola, é bastante fácil a sua criação em cativeiro. Utilizando aves já
nascidas em cativeiro, ou capturadas, com mais de um ano de gaiola,
consegue-se a sua reprodução com bastante êxito, seguindo as normas de
criação utilizadas para os canários.
Hoje
existem já bastantes
mutações de verdelhão, estas sim aves de valor económico alto e muito
apreciadas e procuradas. É normal vermos em exposições internacionais,
particularmente nos mundiais, bastantes a concurso. Pena é que em
Portugal essa pratica, assim como a
sua criação ainda não seja muito visível e vulgar. Corria já o longínquo ano de 1992, quando de uma visita minha a San
Fernando-Espanha ao concurso Al’Andaluz, tive a oportunidade de conhecer
um criador destas aves em mutação do qual, trouxe quatro exemplares, um
lutino, um isabel, um ágata e um normal. Durante alguns anos dediquei-me
à criação destas aves em conjunto com outras de fauna europeia e seus híbridos
do qual sou amante, conjuntamente com os canários de porte, especialidade
a que sempre me dediquei e dedico. Infelizmente por afazeres profissionais
tive de optar por alguns e com bastante pena minha fiquei só com os canários.
Agora passados alguns anos eis que me vai chegar a oportunidade de voltar
a criar estas magnificas aves (fauna europeia). Convido e espero que
muitos de vós me sigam, pois esta é urna das áreas mais fascinantes da
ornitofilia.
Hibridação;
é com imensa facilidade que conseguimos hibridar estas aves com canários,
outros fringilidios e mesmo exóticos, conseguindo-se exemplares muito
interessantes e de extraordinária beleza.
Características
Técnicas para Julgamentos
Cor: deve ser natural, pura,
com tonalidade uniforme.
Posição: deve ter uma postura de galhardia e vivacidade, patas
semiflexionadas, tranquilo e confiante, asas pegadas ao corpo, simétricas
tocando-se nas pontas.
Plumagem: bem aderente ao corpo, lisa, brilhante, completa,
uniforme, sem sinais de muda e com todas as penas de igual comprimento.
Desenho: bem marcado, nítido, regular e simétrico.
Tamanho: intermédio entre 14 e 15 cm.
Forma: harmoniosa, partes do corpo proporcionadas, elegante,
vigoroso e robusto.
Condição: deve estar de perfeito estado de saúde, olhos vivos e
brilhantes, boa condição geral.
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Luís Santos
Ornitófilo
Revista "Pássaros"
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